Lembro-me sempre de uma misteriosa cigana, que um dia pediu para ler a sorte em minha mão. Pouco acreditava em sorte. Naqueles minutos preenchidos por sua voz cansada, um pouco rouca e algumas frases já ditas para tantas outras pessoas, não era seus devaneios sobre meu futuro que prendiam minha atenção. Entre seus rendados e fitas, estava um leque colorido, enfeitado, com vários desenhos. O brilho que refletia era determinado pela maneira que era movimentado. Sempre comparo esse leque com minha vida. Há tantas opções, tantos caminhos a seguir e tantas consequências possíveis. Tanto aquele leque, como minha jornada, movimentava-se a partir das direções em que era posicionado. Então a beleza da dança das mãos adornadas com belos leques é ofuscada. Mostram-me um rumo a seguir, uma carreira padrão a buscar, com quantos anos casar e quantos filhos ter. Indicam-me comprar o carro do ano, uma casa de dois pisos para jovens, térrea para os mais velhos. A roupa da moda, o restaurante indispensável, a música certa a cantar. Porém é isso que eu quero? Há tanta liberdade e tão pouca censura. Nunca foi tão possível expressar abertamente os sentimentos, revelar as ideologias mais destoantes. Porém a manipulação dos padrões de vida continua igual. A grande maioria da população continua igual. As informações chegam rápidas demais e poucos conseguem acompanha-las. Tenho medo de não conseguir acompanha-las também. De perder o voo da minha felicidade ao plantar-me em um jardim adubado por sonhos de outras mentes. Entre medos e leques, algo me conforta. Sei tudo o que não sou, crenças que não acredito, medos que não possuo. E o que sou, minha missão neste planeta? Não faço a mínima ideia. Mas, e tu, sabes o que realmente és?
“Escrevo minhas lembranças, meus medos, meus anseios. Escrevo o que não vivi, não senti, não desejei. Escrevo minhas memórias e as que não me pertencem; pertencem a ninguém. Escrevo por amor. Escrevo por não conseguir suportar tantos pensamentos. Escrevo, e através das minhas mãos, compartilho o peso das palavras em mim guardadas. Bem vindo a um pedaço do meu mundo traduzido em expressões, o mundo de Aline Savi.”
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A sorte de ser
Lembro-me sempre de uma misteriosa cigana, que um dia pediu para ler a sorte em minha mão. Pouco acreditava em sorte. Naqueles minutos preenchidos por sua voz cansada, um pouco rouca e algumas frases já ditas para tantas outras pessoas, não era seus devaneios sobre meu futuro que prendiam minha atenção. Entre seus rendados e fitas, estava um leque colorido, enfeitado, com vários desenhos. O brilho que refletia era determinado pela maneira que era movimentado. Sempre comparo esse leque com minha vida. Há tantas opções, tantos caminhos a seguir e tantas consequências possíveis. Tanto aquele leque, como minha jornada, movimentava-se a partir das direções em que era posicionado. Então a beleza da dança das mãos adornadas com belos leques é ofuscada. Mostram-me um rumo a seguir, uma carreira padrão a buscar, com quantos anos casar e quantos filhos ter. Indicam-me comprar o carro do ano, uma casa de dois pisos para jovens, térrea para os mais velhos. A roupa da moda, o restaurante indispensável, a música certa a cantar. Porém é isso que eu quero? Há tanta liberdade e tão pouca censura. Nunca foi tão possível expressar abertamente os sentimentos, revelar as ideologias mais destoantes. Porém a manipulação dos padrões de vida continua igual. A grande maioria da população continua igual. As informações chegam rápidas demais e poucos conseguem acompanha-las. Tenho medo de não conseguir acompanha-las também. De perder o voo da minha felicidade ao plantar-me em um jardim adubado por sonhos de outras mentes. Entre medos e leques, algo me conforta. Sei tudo o que não sou, crenças que não acredito, medos que não possuo. E o que sou, minha missão neste planeta? Não faço a mínima ideia. Mas, e tu, sabes o que realmente és?
Um comentário:
Escreva o que desejar, desde que caiba por aqui. Adoro e respeito os variados tipos de opinião. Por isso pode comentar acidamente, só retribua o respeito. Não se preocupe, não irei aparecer no seus sonhos com uma serra elétrica na mão. Ao menos a parte de gostar das opiniões é verdade, já a dos sonhos... Hum...
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E no começo do dia 12 de junho de 2010...
ResponderExcluirJack: eu vou te surpreender com meu romantismo entao
Aline: como?
Jack: surpresa. quando vamos na pracinha de novo?
Aline: não sei, quando podes ir na praça de novo
Jack: daqui algumas horas, domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta...
Jack: daqui algumas horas é a melhor opçao pra mim rsrs
Aline: que tal agora?
...
Aline: yeah, pode parecer loucura
Jack: mas e eu que tbm gosto demais de vc?
Jack: bando de loucos que somos
Jack: fiquei encantado com vc. impressionado. enfeitaçado.
Jack: a sensaçao que tenho é que quero estar do seu lado pra nao te deixar triste, te animar caso estejas
Jack: cantar uma musica mesmo nao tendo voz nenhuma pra isso
Jack: contar uma piada ridicula de um jeito ainda mais ridiculo
Jack: é isso, estou bobo
Aline: então estaremos bobos juntos
E no final do dia 13 de junho de 2010...
Jack: hoje eu tava na locadora, de saco cheio do computador, sem muito assunto pra qualquer conversa, daí coloquei como ausente e deitei no sofá pequeno, apoiando os pés na cadeira da forma mais improvisada possivel
Jack: lembrei de vc, e do quanto queria que estivesse do meu lado naquele momento. Fechei os olhos, e era como se pudesse sentir vc por perto. Como se fosse o começo de um sonho..
Jack: passou pela cabeça entao a ideia de te perder. O típico aperto no coração me fez querer correr para onde estivesse.
Jack: "mas ela esta bem", acalmei-me.. quero muito te ver mesmo assim
Jack: quero abraçar-te e dizer que está segura e nada pode de ferir ali
Jack: quero vc aqui cmg ^^
No fundo sei quem eu sou, mas é algo que não enxergo sozinho.